Autoconhecimento

O preço de ser quem você é

Escrito por Ysa Nuit

“Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é, ainda vai nos levar além.” Leminski

“Sinto que não sou eu mesmo…”

Alguma vez você já pensou isso? É bem possível que sim, pois muitos de nós, em vários momentos de nossa vida, nos perdemos de nossa essência, e é aí que começamos a ter atitudes desequilibradas, desenvolvendo compulsões, uma série de transtornos comportamentais ou até mesmo algo mais grave, como a depressão.

Qualquer desequilíbrio dessa natureza tem origem com o desconhecimento de quem realmente somos. Por mais que saibamos não nos conhecer integralmente, isso não anula o fato de que sentimos quando algo não vai bem, é mais ou menos assim: “não sei exatamente quem sou, mas sei que essa atitude não expressa quem eu quero ser”.

A jornada de autoconhecimento exige dedicação, mas não podemos considerar que ela só gera resultados quando está concluída, afinal, quem é que pode afirmar que já terminou de se conhecer? Engraçado pensar nessa possibilidade, pois se a Vida está acontecendo, trazendo novidades, estaremos sempre tendo a chance de experimentar sensações diferentes, e assim aprender mais sobre como nos sentimos, do que gostamos e o que queremos. Assim, basta dar o primeiro passo em busca de si mesmo para começar a colher os frutos da estrada – nem sempre serão doces ou fartos, mas alguma colheita será feita, e sempre teremos exatamente o que precisarmos.

Falando sobre os primeiros passos, vos convido a conhecer um fruto que tenho experimentado com bastante alegria: a Congruência. Concordância e conformidade são alguns sinônimos para essa palavra pouco usada em nosso dia-a-dia, mas que reflete com exatidão o estado de um ser que age, fala e pensa de maneira harmônica.

Muitas vezes nós queremos algo, mas temos vergonha ou medo e aí não conquistamos nosso objeto de desejo. Outras vezes nós não queremos algo, mas por comodidade ou insegurança, não conseguimos nos desfazer. Isso pode se referir a relacionamentos, empregos, pessoas, hábitos e mais uma série de outros itens que, se pararmos para pensar por um instante, iremos detectar.

De tanto aceitar a incongruência em nossa maneira de viver, ficamos perdidos, esquecemos nossas origens, nossos sonhos, nos distanciamos de nosso Eu Real – e isso traz muito sofrimento.

Se você deseja, de coração, se distanciar de alguém ou de algo, ou mesmo deixar de cultivar um hábito que compreende ser nocivo para seu bem-estar, proponho um desafio: ouse fazê-lo! Se você está vivenciando uma paixão, mas age como se não se importasse, que tal passar a demonstrar o que sente?

Não racionalize a questão, não pense tanto no “como” (que pode te paralisar), apenas arrisque-se e seja congruente com o que sente – na pior das hipóteses, você vai ficar aterrorizado com o que virá, mas posso assegurar que nada paga o preço de ser quem você realmente é e viver as experiências de corpo e alma.

Vamos sair do automático? A plenitude é o que te aguarda! =]

Sobre a Autora

Ysa Nuit

Terapeuta Transpessoal, Taróloga e professora de Tarot.